DÚVIDAS
Minha alma de sonhos está consumada,
Minha vida de tempo está meio destruída...
Preciso mais que nunca compreender a vida
Senão sonhos e tempo não valem mais nada!
O vento destrambelhado sopra ao contrário,
Há uma amargura ilimitada no ventre de mim,
Coisa com coisa, coisa sem coisa, sempre assim
Neste mausoléu que é a terra, tom de presidiário.
Digo tudo isso porque este chão que piso é nosso,
Os devaneios sempre me desafiam e eu não posso
Contrariar a inconsciência que me vaticina o senso...
Nada é uma estrada sem volta... Tudo é princípio,
Entretanto que se colham as flores sem desperdício
Visto que reflito, matuto, mas não sei se penso!
DE Ivan de Oliveira Melo