AO INVÉS DE SAUDADE, FELICIDADE.
As lagrimas às vezes são sonhos diluídos em gotas de tintas de frustração, manuseadas com um pincel que pinta com a inspiração, como se fosse uma chuva, em respingos de confusa emoção, e essa sensação, é à busca por lembranças ou por uma mensagem, a retroação de uma imagem, de tudo que nos apresenta em recordação. Um alcance embora longe do nosso tateio, é o anseio que regressa como mensageiro, e que nos torna o seu prisioneiro.
Nada em nossa memoria vem a apodrecer, e sim abastecer o pensamento, em um engavetamento necessário ao nosso aprendizado, mas é preciso cuidado, pois esse projetor ornado de imagens é vaticinado pelas passagens, em viagens essenciais ao nosso conhecimento, esse documento abalizado, executado em nosso interior, e que arquiva os mistérios do qual nós somos o autor.
E entre os sonhos que nos abre um caminho, às vezes saído do corpo e do coração em desalinho, é sempre a procura da liberdade, de uma realidade esperada como ajuste mesmo que tardia, fazendo moradia de uma voz dentro da própria voz, mas que cabe a nós, nos abastecer dessa energia, para que a nossa boca não se emudeça por afasia.
E em qualquer tempo que se faça por um sonho incompleto, é necessário que fique um projeto, a se propor em concreto, para se chegar sem indiferença, por essa presença em estado lúcido e conciso, e sempre pelo modo preciso e verdadeiro, primeiro porque é a ligação do abraço com o sorriso, ou a solução para uma única finalidade, que logo se desvencilhe da saudade, para que se torne em uma única e total felicidade.