MORTE

Às vezes fico a matutar sobre a morte o que é...

Mil conjecturas adornam meu relicário do reter

O primitivo pensamento que ulula sem o porquê

Da compreensão e me faz ver: tudo é apenas fé!

Uma simbiose de ideias marcha sobre a mente...

Nada parece cristalino, tudo é vulcão em erupção

E as larvas percorrem veredas que são contramão

Da atônita consciência que se turva de repente!

As hipóteses carecem de teses sem fim, sem meio.

O raciocínio tão somente acopla o que é devaneio

E tal exposição em mim não tem concreta dialética.

Tudo é subjuntivo que trancafia qualquer resposta:

É um sono sem sonhos que o infinito sempre posta

E não há ciência que explique... a vida fica patética!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 02/12/2017
Código do texto: T6187740
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