MORTE
Às vezes fico a matutar sobre a morte o que é...
Mil conjecturas adornam meu relicário do reter
O primitivo pensamento que ulula sem o porquê
Da compreensão e me faz ver: tudo é apenas fé!
Uma simbiose de ideias marcha sobre a mente...
Nada parece cristalino, tudo é vulcão em erupção
E as larvas percorrem veredas que são contramão
Da atônita consciência que se turva de repente!
As hipóteses carecem de teses sem fim, sem meio.
O raciocínio tão somente acopla o que é devaneio
E tal exposição em mim não tem concreta dialética.
Tudo é subjuntivo que trancafia qualquer resposta:
É um sono sem sonhos que o infinito sempre posta
E não há ciência que explique... a vida fica patética!
DE Ivan de Oliveira Melo