FLOR HUMANA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Cadeira 7 - Academia Paraibana de Poesia
Nativa da vida que aparece ao relento
Vive curtindo no silencio da solidão
Chora rios de lágrimas, desalento
Olhar sem brilho, reza sem oração.
Vive a esperança do olhar
Olhar sincero e não do acaso
Corpo e alma, sol do verbo amar
Centelha de vida, ocaso.
Mar de ilusão, façanha
Viver o hoje da incerteza
É o sol sem brilho do amanhã
Em carne e osso, dureza.
É a vida sem memória
Dia e noite, indecisão
Vida aflita, sem história
Relâmpago sem clarão.
Amor impossível, labareda de fornalha
Rústico, vulcão como rochedo
Tesoura corta mortalha
Romance acabado, degredo.