FUTURO?
Elegia e dor
Resiliência
No coração, torpor
No olhar, comiseração
O mundo no fio da navalha
A humanidade à beira do abismo
Idiossincrasia
E o futuro, apenas uma imagem disforme
Uma quimera psicodélica
Não
Não é apatia
Nem descrença
É o desumano, o desamor
O desafeto, o desacato
Nós, cada vez mais em diáspora e isolamento
E o amanhã
Ah, o amanhã
O que será?