PARTI!

Parti!

Viajar é preciso, quer seja como viajante ou viajor.

Na infância somos viajantes das nossas imaginações.

Na juventude viajamos como passageiros dos pais.

Na mocidade somo viajantes mochileiros alberguistas.

Já como sênior somos viajores no Velho Mundo.

O Jovem viaja no uso do psicotrópico conceitual,

isto é da folha farmacológica que produz a droga

medicinal da cura do mal estar físico e psíquico.

Quando a droga é utilizada de forma curativa,

não ha mal que impeça a sua gestão.

Porém quando a finalidade é viajar,

Isto é, sair do estado emocional presente

para um estágio de fuga ao devaneio,

começa a intoxicação e o vício que o leva

às manifestações inconscientes

atingindo o seu objetivo de viajar.

O viajor por sua vez é o sênior,

Que após seus anos de trabalho,

Goza do benefício da aposentadoria,

Passando a viajante contumaz,

Como se fosse sua profissão,

A de viajor cultural, explorador,

Investigador, colecionador

Dos souvenires e quinquilharias.

Quanto mais colecionador,

Mais viajor é de suas paradas.

Fotos, postais, compras,

Dizem respeito dos lugares

que seu passaporte carimbou,

e, suas moedas sobraram.

Faturas dos hotéis e das compras,

São munições do diário viajor.

Foi-se o tempo do viajante

Que por onde passasse

uma carta escrevia aos familiares,

e sua mala trazia rotulo dos hotéis,

companhias de transportes viajados,

trens, navios, aviões, seguradoras.

Era o fim da viajem programada,

Início de uma próxima prometida.

Cheguei!

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 18/11/2017
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