PARTI!
Parti!
Viajar é preciso, quer seja como viajante ou viajor.
Na infância somos viajantes das nossas imaginações.
Na juventude viajamos como passageiros dos pais.
Na mocidade somo viajantes mochileiros alberguistas.
Já como sênior somos viajores no Velho Mundo.
O Jovem viaja no uso do psicotrópico conceitual,
isto é da folha farmacológica que produz a droga
medicinal da cura do mal estar físico e psíquico.
Quando a droga é utilizada de forma curativa,
não ha mal que impeça a sua gestão.
Porém quando a finalidade é viajar,
Isto é, sair do estado emocional presente
para um estágio de fuga ao devaneio,
começa a intoxicação e o vício que o leva
às manifestações inconscientes
atingindo o seu objetivo de viajar.
O viajor por sua vez é o sênior,
Que após seus anos de trabalho,
Goza do benefício da aposentadoria,
Passando a viajante contumaz,
Como se fosse sua profissão,
A de viajor cultural, explorador,
Investigador, colecionador
Dos souvenires e quinquilharias.
Quanto mais colecionador,
Mais viajor é de suas paradas.
Fotos, postais, compras,
Dizem respeito dos lugares
que seu passaporte carimbou,
e, suas moedas sobraram.
Faturas dos hotéis e das compras,
São munições do diário viajor.
Foi-se o tempo do viajante
Que por onde passasse
uma carta escrevia aos familiares,
e sua mala trazia rotulo dos hotéis,
companhias de transportes viajados,
trens, navios, aviões, seguradoras.
Era o fim da viajem programada,
Início de uma próxima prometida.
Cheguei!
Chico Luz