Até amanhã
Como é que se inicia o final?
Como se prepara o tal dos despreparo, como paraíso o oculto, viaja no teu parar, movimenta o teu jogo nocivo, dissolve esse destruidor passivo?
Impera, reverbera que ainda tem um tanto a perguntar.
Tem mais alguém que é seu?
Esvazia esses bolsos cheios de medo, desfaz a mala de discórdia.
Tem raridade nessas mãos, já existiu verdade nessa porta, já se ouviu destino nesse acontecer.
Todo depósito de perdão tem frascos que não abrem.
Maravilhosamente do azul que é cinza, do conforto de rochas, da placidez das lâminas, da paz de sangue, da respiração da algema.
Não é a corrente que termina em teu corpo, é o elo que espasma tuas liberdades.
Não é o que você tem, é o que tem em você!
É vertigem, é queda, é S-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O.
O que a gente precisa é o que a gente não toca.
É no caminho que chove, não o final que mergulha.
Como é que tá ficando o antes e o depois da tua alma?
É o misto de vozes que cria a canção, é o gelo jorrando junto que aquece.
Uma mordida de contrariedade, meio pacote de opinião e o conforto tenta correr de volta à zona segura.
Não é o manter aceso, é sorrir por saber sentir o que é o horror do apagar.