(APARÊNCIAS!)

(APARÊNCIAS!)

Não julguem, nem recrimines.

Irmão que vês em festanças.

As vezes, quem grita e dança.

Nós auge da exaltação,

Tem no peito atormentado,

Um vaso de fogo lento.

Argila de sofrimento,

Em forma de coração.

XXX

Esse homem que se agita,

Gestos de embriagado,

É um amigo abandonado,

Pela esposa que o não quer.

Possui filhinhos chorosos,

Rogando materna estima.

É um palhaço que lastima,

A deserção da mulher.

XXX

Aquela jovem que posa.

Gingando descontraída,

É quase pobre suicida,

Pela angustias que traz.

Quis ser livre sem trabalho,

Mas correu e criou,

Nos desencantos do mundo.

Entre os quais sofre sem paz.

XXX

Outro transporta consigo,

Amarga doença oculta.

Em outro, o que mais avulta,

É a roupagem de esplendor.

Não contanto, o que mais se sente,

Nas suas explosões de alegria,

É a solidão que irradia,

A triste fome de um puro amor.

XXX

Nunca devemos reprovamos. Mais respeitarmos.

Eu também nos tempos idos,

Cantei, guardando gemidos,

Lamentando meus erros.

As vezes, grita e ginga,

Tangendo guisos por fora,

Por dentro é alguém que chora,

Buscando a benção do supremo pai eternal.

XXX

AA. ------- J. ------ C. ------ DE. ------- MENDONÇA.

DATA. ------- 21. ------- 07. ------- 2008.

Maroty
Enviado por Maroty em 15/11/2017
Reeditado em 16/11/2017
Código do texto: T6172931
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