Flores Mortas
Alguém entra no cemitério.
Discretamente,
Poem uma rosa em um pote
Roga uma prece, chora, vai-se embora
E eu nem sei oque se tratava aquilo..
A tarde anda, andam as nuvens, andam
As folhagens com o outono..
Vai saber..
Quem lembrará daquelas lágrimas?
Alguém desse cenário? As rosas?
Minhas poesias?
Alguém daqui a centenas de anos
Quando eu for um encosto fossilizado?
Não sei..
Mas agora,
Entre o tempo e a tarde fosca
A rosa chora nos meus olhos o
Silêncio dessas lápides..
Tudo é morto por aqui..