A noite se veste

A noite se veste, com um manto preto

Sobre as suas bordas, estrelas bordadas

Em um manto negro, desponta a lua

Ocupando os últimos,raios do sol

Desesperado fico, em um leito frio

A pro-cura da luz, incandescente do olhar

Guiando-me em madrugadas, com neblina

Para encontrar, a luminosidade da alma

Apagando a escuridão nebulosa,do meu ser

Viajo ao além, para entregar-me a ilusão

Tendo uma visão,panorâmica do seu interior

A tenho contigo, as fantasias libidinosas

Atenuando a dura, realidade em que vivia

Só na densa escuridão, sinto-me desolado

O medo da solidão, só me faz apavorar

Quis encontrar na penumbra,um pouco de ti

Busco a razão,pois a insanidade me domina

Vejo a lua se esconder, dando o lugar ao sol

Silêncio os seus raios, ocupam o espaço

Acabando com o turvo, dos meus olhos

As trevas se dispersaram, como fumaça

Radiante sinto o esplendor, do seu calor

Sozinho ouvia o badalar, do relógio avançar

Percebe a falta que faz, os seus carinhos

Estático ficava o corpo, a mente viajava

Dentro desta densa,e apavorante escuridão

Querendo encontrar, um fio de esperança

Deixando a luz que emana, do seus olhos

Ser o farol que vão, orientando-me no breu

Osvaldo Teles

Osvaldo Teles
Enviado por Osvaldo Teles em 10/11/2017
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