Conflitos
Eu me sinto à deriva
E como se alguém tivesse puxado a tampa da minha realidade e eu tivesse descido pelo ralo para uma coisa nova
Você parece não ter medo de se soltar e se jogar em queda livre, e eu nem trouxe uma bóia
Não tem nada mais cruel que a memória
Penetras dentro da sua cabeça
Gritando através das suas sinapses, inevitáveis, implacáveis e nem um pouco amigáveis
Aí você encontra alguém que muda sua vida e você sente que nem sabe mais quem você é
Um simples encontro arranca pedaços do seu passado
Distorce suas memórias e sua personalidade até você repensar toda sua identidade
Quando percebe como isso tudo é bobo
Sua gargalhada ecoa nos muros de seu próprio vazio
E ao perceber que nem a loucura irá te ajudar
Você desiste de continuar com suas ilusões dessa prisão humana que você é
Perdida nessa gargalhada infame tudo desmorona
E então o vento gelado bate em sua nuca
E o cheiro de podre toma conta de todo o ambiente
De repente escuto grunhidos
Mas não sei se é a loucura me dominando ou se realmente está acontecendo