As cartas que não mais são escritas
As orquestras que ofegam silentes
abandonadas que foram as batutas do maestro
incapazes de imaginar sinfonias.
As modistas que desenhavam vestidos
para normalistas esperançosas.
A Lua antes do estupro de Armstrong
Sem falar nas aeromoças da Pan Am...
Tudo isto junto e tudo isto abandonado
no sotão da cinzenta casa no fim da rua ilíquida...
perigosamente a escorrer pelo abismo que nos imana...
São um tudo que não haverá jamais
porque, lamento, não existe a Fada dos Dentes...
e o que narrou nossa vida por instantes
deixou de ser hoje e fez-se ontem.
As orquestras que ofegam silentes
abandonadas que foram as batutas do maestro
incapazes de imaginar sinfonias.
As modistas que desenhavam vestidos
para normalistas esperançosas.
A Lua antes do estupro de Armstrong
Sem falar nas aeromoças da Pan Am...
Tudo isto junto e tudo isto abandonado
no sotão da cinzenta casa no fim da rua ilíquida...
perigosamente a escorrer pelo abismo que nos imana...
São um tudo que não haverá jamais
porque, lamento, não existe a Fada dos Dentes...
e o que narrou nossa vida por instantes
deixou de ser hoje e fez-se ontem.