Separação (dedicado a Ana Cristina Cesar)
Abro as cortinas.
Palpito as novidades.
A janela aberta,
como transparente escuridão,
forma sombra no papel.
Não toco na lembrança,
as cartas não mentem,
são espelhos da saudade.
A mão desliza e
a folha cai no chão.
O ar duro manobra
uma adivinhação.
Não quero a canção.