Náufragos
O soberano brado material!
Sufocante, me soa canibal,
Comparece de silhueta glacial.
Incandesce seu serviçal
Temendo a lei da gravidade
Fazendo oferendas á divindade,
Á caça da prosperidade.
Oxalá seja verdade a bondade.
Ostenta seu desapego
Pelo cínico náufrago,
Que embriaga o âmago
Degustando o refugo.
Na era da caridade quantificada,
Da índole molestada,
O Eu grito, a unica via!
A graça é utopia.