Náufragos

O soberano brado material!

Sufocante, me soa canibal,

Comparece de silhueta glacial.

Incandesce seu serviçal

Temendo a lei da gravidade

Fazendo oferendas á divindade,

Á caça da prosperidade.

Oxalá seja verdade a bondade.

Ostenta seu desapego

Pelo cínico náufrago,

Que embriaga o âmago

Degustando o refugo.

Na era da caridade quantificada,

Da índole molestada,

O Eu grito, a unica via!

A graça é utopia.

Duca de Rosa
Enviado por Duca de Rosa em 04/11/2017
Reeditado em 04/11/2017
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