O medo da ilusão.

Caminhando cantando e gritando.

Berrando a ilusão.

Gente olhando para alto e imaginando.

Como se fosse dono da metafísica.

Sem pisar no chão preso no ar.

O inventor dessas coisas perdidas.

Você que fez tudo ser o que é.

Não tem nem como refletir.

Mergulhado na escuridão.

Somando aos ideais das vossas tribos.

Você que acha ser limpo, todavia, o produtor do pecado.

O criador do mal e não quer a saída.

O que fez foi é a caverna de Platão.

Sei o tamanho da vossa loucura.

Apesar de sua ignorância.

Espero que o mundo possa mudar.

Pergunto-te.

Onde vai enfiar a vossa cara.

Uma máscara de cera de abelha africana.

Quando descobrir que sua profecia.

Esconde de ti a sabedoria.

Apesar de tudo.

Você corresponde o medo de olhar.

Entretanto, quando brotar nos céus.

As lágrimas das vossas tempestades.

O grito reprimido da vossa ingenuidade.

Tudo isso aqui é um gargalo sem fim.

Produto do seu crime.

Entretanto, julga-se gênio.

Você esqueceu-se de desinventar.

O preço será o engano dobrado.

Faz dó, entretanto, não consegue ser.

Escuta outros iguais.

O medo do trovão.

Sobre a vossa cabeça.

Seus cabelos serão para-raios.

A eletricidade é a vossa memória.

Seria tão bom se pudesse florescer.

Queira ou não, terá que esmagar.

Os vossos sintomas.

Não vou pedir licença.

Você fica rindo atoa.

Um dia perceberá a vossa inocência.

Nascendo ou não a esperança.

Sempre o caminho torto de um novo dia.

Porém o seu céu é escuro.

Há que abafar o esconderijo.

O vosso canto é o choro.

Porém, em seus olhos brilham a alegria.

Como se o vento lhe conduzisse.

A estranheza de seus sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/11/2017
Reeditado em 04/11/2017
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