Sentinela do Norte

Exuberante paisagem de águas cristalinas,

com recifes de corais que se estendem

ao redor de toda a ilha quase circular,

para proteger a beleza intocada

pela nossa civilização.

Areias secas e rasas lagoas impedem a

aproximação por mar. Sem atracamento,

o isolamento se estende até o limite máximo

das praias paradisíacas, ao som das ondas,

em meio à imensidão sem fim do oceano.

O paraíso perdido não pode ser visitado.

As matas virgens não podem ser penetradas.

Não há bom selvagem no santuário antropológico.

Da floresta fechada, surgem habitantes negros e nus,

com arcos e flechas nas mãos. Não há aproximação

possível e não se compreende a linguagem nativa.

A realidade não é romântica, mas é

mais poética do que se fosse ficção.

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Poema inspirado pela ilha Sentinela do Norte