Lúcido

Senhor Deus, vim conversar.

Preciso de repouso,

A mente gira,

Na cabeça, um temporal e a neblina...

O coração já está escuro, cinza.

Senhor Deus, vim conversar.

Preciso de repouso,

Eu estou ficando louco,

Com vontade de gritar até

Ficar completamente roco.

No mundo de ignorância,

Minha solução é ser grosso,

Onde reclamam e difamam tudo

Por tão pouco!

Quanto tempo demora

Pra esquecer um minuto?

Quase morto, por pouco continuo vivo!

Tento me segurar,

Mas eu não consigo.

Estado de morto, mas ainda respiro.

Mente de louco,

Que vive pertubado; aflito!

Pensamento profundo,

Que me faz querer sair desse mundo.

Triste, nervoso, por tudo

E de novo...

Me vejo confuso; maluco.

Angustiado, sem esperança,

Por causa desse mundo de...

Arrogância; ignorância;

Fome; corrupção; injustiça;

Pensamentos insanos desde criança.

Desde o começo da história,

Do mundo, somos escória.

A solução não é icógnita.

Meu Deus, o mal e o bem

Não se diferem...

Nossa excência é a mesma,

Comemos na mesma mesa.

Na igreja, com destreza

Rezamos, para redimir o pecado,

Aliviar a dor...

Hipócritas, pecam com "inocência" e delicadeza!

Isso eu não aguento e não mereço...

Mas aqui estou preso,

Pelos atos e pecados,

Já paguei o preço!

A insanidade, é a esperança.

Pra ver todos no chão,

Malfeitores dentro de um caixão.

Tão cinzento o meu coração,

O trigo do joio, fazer a separação.

Nesse mundo de ilusão,

Me libertar da manipulação.

É tanto sofrimento,

Pra tão pouco sentimento...

Choro e oro por cada atrocidade,

Fita pela humanidade.

Passado que condena...

Só disso que me lembro,

Então desse mundo, eu me despeço.

O tempo tá escuro,

O vidro embaça.

A liberdade de um

"Preso" é a eutanásia.

E de tanta decepção;

De tanta escuridão...

Como um espelho,

Meu coração se estraçalha.

Tudo afiado, igual uma navalha,

Coração pesa de tanta dor

Que não se aguenta.

O batimento, está

Rapido e intenso,

Quase dispara!

Tantas noites que por causa das lágrimas

Eu não consigo dormir...

Dói tanto que não sou capaz de sorrir,

Tão difícil viver aqui!

Ouço o alívio distante, tão longe...

Onde a paz dorme junto,

E com a felicidade, se esconde.

Caminho segmentado,

Corpo e alma estão separados.

Coração dispedaçado,

Raciocínio estagnado...

Vivendo triste e angustiado,

Nas tristezas...

Afogado, sufocado,

E nas multidões iludidas e perdidas...

Pra mim é tudo tão claro,

E pela minha conciência,

Eu quem sou "cruscificado".

A morte lenta de uma alma,

Por justiça é sedenta...

Tal descanço que aliviaria!

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 31/10/2017
Código do texto: T6158498
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