BRUXAS
Elas não são corcundas
Com mau hálito ou voz feia
Sua aparência parece mais
Com a de uma sereia
Não andam descalças ou usam chapéus
Tampouco fazem maldades sem véus
Não usam vassouras
Nem cruzam os céus
Não possuem gatos pretos ou caldeirões
Nem ervas daninhas para fazer feitiço
Nem adoram a Lua e nem as matas
Não fazem rituais, nem ficam nuas
Elas andam entre nós
Com sorrisos falsos
De salto alto parecendo dondocas
Bonecas de porcelana, ocas
Trazem consigo veneno letal
Não faz mal , ninguém quase enxerga
Seu egoísmo destila
Na corrente sanguínea
Pela força do seu pensamento
Sua crença como disfarce
Engano e orgulho
Destrói vidas com sua pseudo candura
Nem esperam o cair da Lua
Para gargalhar
Dos tolos que caem em seus encantos
Uma bondade aparente , levando
O inocente ao seu comando hipnótico
Abomináveis são essas bruxas
Andam à espreita como sucuris!