SEM CURA

Não quero me curar ou adequar à loucura do mundo

Não quero escravizar minha mente com promessas falsas de felicidade

Gostaria talvez de acalmar meu coração e transcender

Gostaria que os impostos, contas e tarefas não tomassem conta do meu ser

Não quero e não vou me curvar ao banal e fazer da minha vida um carnaval sem fantasias

Quero antes chorar minhas perdas e festejar minhas alegrias

Quero manter acesa a chama da minha verdade

Quero escrever o que sinto, quero fazer minha arte

Até o dia que minha voz calar e em meu tumulo deitar

Que mesmo frio e solitário gritará o que sou.