Cada um recorre aquilo que se pode agarrar.
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Cada um foge do modo que pode.
E cria verdades,
Que engana aos outros, não a mim.
Cada um se agarra da maneira que pode no que é vivo.
Ou morto.
A gente sacode a poeira,
E revive,
Aqueles instantes muitas e muitas vezes.
Cada grito que a gente dá esconde
... Um verso
... Um canto
... Um não.
E a cada não, mil escolhas para trás.
Mas cada um sabe a dor que aguenta.
Se entrega ou finge,
Não faz diferença.
Cada um sabe o que pode tocar,
Como tocar,
Quando tocar.
Cada um sabe no que se segurar,
Ou não,
Quando alguém não compreende o refrão.