Inquietude
Quantos “NÃO”
são precisos
para fortalecer
ou para afundar?
E quantos “SIM”
são precisos
para fortalecer
ou para afundar?
Qual o momento
preciso
de cada um?
Quando um SIM e um NÃO
conforta, ampara
encoraja, agrega
constrói?
São os “Não” ou os “Sim”
excessivos ou inexpressivos
que mobilizam alguém,
diante de um fracasso,
uma recusa, um limite:
se fechar, desistir;
gritar, se descabelar, ferir
ou matar, incendiar,
mentir, caluniar,
elocubrar vingança,
vingancinhas?
São os “Não” ou os “Sim”
excessivos ou inexpressivos
que mobilizam alguém,
diante de um sucesso:
se achar e oprimir,
injustiçar; arrogantemente
magoar, segregar, rotular?
O que nos impede
crescer, amadurecer,
encontrar nosso caminho,
cuidar da própria vida;
viajar no nosso arco-íris;
vendo e admirando o
arco-íris do outro;
sendo sujeito solidário
com a vida comunitária:
a falta ou o excesso do NÂO,
a falta ou o excesso do SIM
e seus atributos?
Ou o aprendizado,
o exercício
de transitar
com liberdade,
tempo, reflexão
e respeito entre
um SIM e um NÂO,
dentro de um abraço?