DITOS DE UM ESTUDANTE
Cruel! Vida curta e cruel!
Sinto-me como uma crônica escrita com sal e mel.
Antes sejam punidos os que mataram Pandora,
Que ditem as regras os que querem refazer memórias.
Enlaçada na dor que resplandece o parnasiano;
Não entendo,por conseguinte, estou me distanciando;
Foi naquele tempo que ensinaram os índios a vestir-se de veludo;
Que deixaram à tona o nu diurno.
Escassez de água pura;
Propagando euforia e ternura.
Acabaram com a solidez dos sonhos de alguém;
E fizeram um retrato da incompetência de quem detém.
Morri,mas foi apenas nos prantos de Joana D'arc;
Vi renascer das cinzas um novo Olavo Bilac;
Mas não foi de príncipe,
Sem coroação e sem estandarte.
Não há mais quem valorize tua ideologia, dizei-vos a quem tentar consagrar-se-á;
Tenho pena do novo Portinari que nascer no meio desse "fuá";
Mas sou dependente de um colosso;
Sem pés nem cabeça, só pescoço.
Mesmo sendo tosca, sabemos;
Verei um novo Camões florescendo?
Bem, que sejam ao menos retratos de uma boa evolução;
Para que aqueles que viveram, cresçam na presença dos irmãos.