O Tédio
Como vínculo de nossos êxitos
E corrente de nossas paixões,
Opera nos estreitos
Das dilações.
Como clamor surdo
Da lida extravagante,
Some no tecido fulgido
Da canção elegante.
Como amigo, é indesejável, porém fiel.
Vindo entrepor-se, de vez,
Entre a lamúria e a sensatez.
Como álibi, reverbera a acídia,
Para nutrir-se da mais sórdida alegria
Daquele que o acaricia.