O Tédio

Como vínculo de nossos êxitos

E corrente de nossas paixões,

Opera nos estreitos

Das dilações.

Como clamor surdo

Da lida extravagante,

Some no tecido fulgido

Da canção elegante.

Como amigo, é indesejável, porém fiel.

Vindo entrepor-se, de vez,

Entre a lamúria e a sensatez.

Como álibi, reverbera a acídia,

Para nutrir-se da mais sórdida alegria

Daquele que o acaricia.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 05/10/2017
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