AS MAZELAS DO PRECONCEITO

Perambulam pela sociedade,

Como espectros anestesiados pelo mal,

Os sacerdotes do preconceito ilimitado.

Alucinados pelos seus gritos de intolerância,

Vivem numa frequente guerra vampiresca

Contra toda a diversidade da vida.

Os preconceituosos se corrompem

Nas mazelas dos seus ideais facínoras;

Eles não fazem outra coisa senão viver

Nas areias movediças das perversidades

E nas águas lodosas do absurdo

De uma existência degradante.

Sem qualquer clemência e humanidade

(E em estado de alerta perene),

Os missionários do rancor vociferam

Palavras de ressentimento

Através de seus arsenais de destruição.

Existem nas almas intolerantes,

Nas almas devastadas por preconceitos,

Apenas uma ânsia diabólica

De combater e de arruinar

Todos aqueles que amam a liberdade;

E, ao mesmo tempo, tudo o que há de mais verdadeiro

No coração daqueles que não se renderam a morte.

Legiões de homens em estado doentio

Erguem os seus altares nas sepulturas,

Patrocinando proselitismos

Caos, abusos e absurdos;

Tais pessoas apenas subsistem

Na idolatria de si mesmos,

Criando liturgias que impulsionam

O engrandecimento de um ego

Fadado a uma dissolução irremediável.

Entoando cânticos de ódio e de rancor

Contra tudo que é diferente e estranho,

Há homens que se impregnaram

Pela doença do preconceito e do orgulho.

Em quantidades diárias,

Inoculam nas suas relações

Doses de venenos letárgicos,

Espargindo ondas de preconceitos

Sem precedentes,

Embora escondidos e camuflados

Nas entrelinhas das ideologias

Mais sangrentas e nefastas.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 05/10/2017
Reeditado em 09/10/2017
Código do texto: T6133713
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