PENA
O novo vem com mil cismas:
"Será, menino, será?";
não sabe se é tempestade
ou nuvem que vai passar.
Não teve a roupa rasgada,
não tem o que remendar;
O novo só tem direito
e azo de fantasiar;
Não teve o dedo ferido
(nunca pisou no porvir),
não teve a unha encravada
nem fobia do existir.
Nunca se esbarrou no bem
e nem tropeçou no mal;
é pena e voa, sem rumo,
bailando no temporal.