Aceito o convite
Fui convidada à poesia!
E não foi agora...
Quando senti a luz de um sol morno de outono
E vi pela primeira vez, nuvens apressadas cruzarem Fagueiras um céu azul celeste,
Ela me chamou.
Fui convidada à poesia,
Quando meus olhos se perderam marejados de dor, Também quando chorei e era de alegria
E outras tantas vezes por amor.
Hoje a poesia, mora em mim.
Não raro fica reclusa e quieta
Em um cantinho escuro do peito.
Depois explode em fúria,
Faz tanto barulho que confunde as sensações,
Minhas e tuas.
Está sempre aqui perto, como um segredo tatuado, Perpétuo, nada me pede, nada me cobra, tudo me dá.
E assim permaneceremos até o fim.
Até que sem avisar, ela se cale em mim. "
Renata Vasconcelos