INCLINAÇÃO
Assim como água mata a sede
O pão mata a fome
O vento leva a onda do mar
O homem teme o leão
A formiga estoca sua comida no verão
O amor fortalece a amizade
O espremer do peito alimenta
A chuva fina a gotejar
Lava o coração cansado a busca do amor
O que planta um dia colherá
Assim como as ervas crescem ao campo
Um justo possa a ser herói
Melhor é ver ouvir e calar observando
Do que querer ser sábio sem entendimento
Os olhos abertos ao amor
Desperta o som do planeta aos ouvidos
Sente a vibração do coração a cantar
Ao encontro de sua pele acariciar
A gostosa vontade do desejo
Edificando o castelo do Rei
Vestida como uma flor do campo
Habita a porta da natureza
Onde os olhos sorrir a beleza do existir
Como a água o pão ao enfrentar o leão
Tem vitória no deserto a florir
Os ramos de nós dois.
Tânia M de J B de Melo