E ASSIM PASSA O TEMPO
(Ps/394)
Bebendo um cálice de amarga libertação
Na imoral cotidiana, sacana.
Civilização sem dono, sem trono, no abandono,
De pesado fardo, no aguardo... quiçá, de algo.
Abstratos são os dias...
Secura na boca, sede de dinamismo
De estrelas humanas em primavera,
De coragem e sonho!
Abstratos são os dias...
Mesmo nas frescuras das manhãs,
em esplendor e sem amargor momentâneo,
Nas coisas quietas nas curvas das ruas
Nuas, ausência de perfume e da flor.
"Esplanada árida, em plena primavera!"