MANIFESTO DE INVERNO TUPINIQUIM
Manifesto de inverno tupiniquim
(Minha visão poética sobre nossa atual situação política)
Desembaraçando linhas ofuscadas da vida...
Tanto quanto a harmonia do caos primogênito....
Já é hora! Do labirinto, única saída
Nas cavernas, nas águas de uma poça solitária, o olhar atônito...
Reverenciando Dionísio e Atena em diálogo sem precedentes
Quiçá o disparate de bebidas já tão embriagadas pela nudez
Antecede a graça da monocracia presente
Conluio verbal da verdade e da insensatez
Vinho, reflexão e sabedoria se fez
Em espaços mais alegóricos que formais da coerência ríspida
Como ato resultante dos inglórios, à invalidez
A correção é justa, corajosa e intrépida
Disciplinares e duras penas haverão de ser o grito do carrasco
Evoluirá o ser aplicando a fórmula das entranhas do retificado
As notícias florescem da vergonha do fiasco
O baile do justo e o corrupto, lado a lado
Em sua auto penitência, o açoite será cruel e impiedoso
Assim como deve ser a chegada do futuro Tirano
Sem oxigênio, nem um segundo misericordioso
A esqualidez revelada, falto ser, nem sempre humano...
Era glacial! Dilacera a alma em tom inescrupuloso.
Em tempestades astrais , a montanha gélida se faz morada
Troca-se o "Casmurro" pelo teimoso
Abrem-se as portas! Respira e inicia nova jornada...
Haverão governantes honrados que semearão o dia do fico
Entremeios a história obscura e fadada à nacional população tristonha
Entre a oscilação de valores de ações em declínio típico
A instabilidade revelada em delações. A vertigem da vergonha
Diariamente se derramam impudicos fatos sem pregresso
Não há mais flores neste federal jardim
A Carne já tão fraca na trama dos confidentes em recesso
Registra-se um manifesto de inverno tupiniquim
Em terras onde o suor paga a coleta desumana de altos tributos
Engravatados da decepção eleitoral
Subjugam a sabedoria da moral até do simplório matuto
Corrompida a ordem, só a esperança no progresso será o ideal