CORPO FECHADO
Meu coração agonizante está fechado a ferrolhos pra balanço
Ninguém nele entra e ninguém dele sai em um reles suspiro arfante
Tentei a céu aberto fechar as prisões crucíferas das horas arteriais
Que neste ranço viscoso se contrai querendo fugir do alvedrio peito..
Quais ventrículos de ponteiros iludidos
nas esquinas dos sonhos desfeitos
Vou tiquetaqueando as reprisadas horas venosas
como pássaros que perdidos passam
Voando já enfraquecidos pela contração da saudade crispo-colapsada
em um lunar-sufocante ar rarefeito...