O TRISTE CANTAR DO POETA

O TRISTE CANTAR DO POETA

I

Quem me vê assim cantando,

Não sabe o que estou passando,

Na imagina a tristeza

Que guardo no coração.

Não entende que o sorriso em minha face,

É o disfarce

De uma grande decepção.

II

Os versos que componho agora,

São estrofes merencórias

De minha fingida poesia,

Arpejos dolorosos

Do ardente poeta de outrora,

Que canta por fora,

Mas por dentro chora.

III

E que filho brasileiro

Não chora?

De tristeza não implora

Dias melhores para o Brasil?

-- Chora, poeta, chora!

Só acabará seu tormento

E dos filhos desta terra,

Com um novo alvorecer

Para o País !

-- Exclama o sol em desalento.

IV

-- Amigo sol, como vislumbrar luz,

Em meio à escuridão?

Como fugir da tempestade

Frente ao mar enfurecido,

Se o comandante até então,

Mostra-se inábil

Para nos guiar à salvação?

-- Poeta, desse timoneiro

Que aí está, a conduzir

A nossa embarcação,

Impregnado em tanta corrupção,

Que esperar?

É iminente o naufrágio.

Vamos ser engolidos pelo furacão!

Chora a lua em desespero.

JUCKLIN CELESTINO FILHO
Enviado por JUCKLIN CELESTINO FILHO em 13/09/2017
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