E LÁ SE VAI

E lá se vai a menininha do papai

Se despindo ao mundo

Se entregando pro seu amor vagabundo...

E lá se vai a menina do papai

Se perdendo pelas altas noitadas

Voltando na madrugada

Se entregando pras farras...

Lá se vai a pequena do pai

Andando sem saber pra onde vai...

Lá se vai...

Lá se vai mais uma menininha

Com seu eterno sorriso de princesa

Mas com o corpo de mulher!

Lá se vai ela

Sem saber ao certo o que quer

Sem saber o que é ser mulher...

Lá se vai a menina dos olhos do pai

Se perdendo na responsabilidade de ser adulta

Se entregando sem saber se está sendo justa...

Lá se vai mais uma menina do pai...

Mais uma criança que se tornou adulta

Que perdeu a inocência pra vida injusta...

Que deixou o sorriso de menina

Pras lágrimas de mulher...

Que aprendeu a andar de salto sem virar o pé...

E quem há de dizer que ela não é uma mulher?

Só mesmo o seu pai

Que consegue reduzi-la o suficiente pra que no seu colo caiba...

E lá se vai a mulher menina...

A eterna menininha do papai...