O vírus da vida
O vírus da vida
– Somar de acidentes –
Dos entes dormentes
Fez massa dorida.
Lançados no mundo,
Sem teto e sem chão,
Tombamos no fundo
De abismos e nãos.
Quem dera que o fado
Na paz verdadeira
Tivesse deixado
A matéria inteira.
Este vírus sem jeito
O sossego nos tira...
Não nascer é perfeito,
Pois a vida é mentira!