A maldição da alienação metafísica.
Terrível tal realidade.
Aufhebung metafísico.
Falsa superioridade.
Poderia ser apenas o vácuo.
Como de fato é.
A prevalência da antimatéria.
A inexistência de todas as coisas.
O infinito aberto indeterminado.
Arché primordial.
A priori, fantasmagórico.
Frio e escuro.
O vazio congelado.
Ausências e ausências indeterminadas.
O que é entendido como o nada.
Maldição foi o não ser se fazer ser.
A anti-realidade efetivando como realidade.
Alético mundo de Foucault.
Com efeito, a antimatéria sendo matéria.
O átomo se transformando em célula.
heurística predestinada.
Entre os olhares soçobrados.
A vida funcionando como instinto.
O instinto em cognição sapiens.
Posteriormente, fabricando ideologias.
Supostamente aletheias.
Entretanto, tudo isso aqui.
De algum modo, é a negação da realidade.
A única existência possível.
É composta pelo princípio da imaterialidade.
Sem defender o espirito.
Todavia, a prevalência do nada.
Incompreensível apofanticamente.
O fundamento do princípio da incausalidade.
Então, procure abstrair das ideias construídas.
Imagine apenas o infinito aberto.
Sua extensão interminável.
A construção da mecanicidade da vossa memória.
Constituída apenas pelo vácuo.
Frio, escuro e cheio de gelo.
Tal extensão é o nada.
A única realidade a eternidade vazia.
A mônada imaginária filosófica.
Desse modo, não existe a matéria.
Muito menos o espírito.
A alma uma ideologia metafísica.
Tudo o que é possível.
Somente a inexistência reificada.
Portanto, o mais alto grau de alienação.
O desejo de ser, de dominar e sonhar com a superioridade.
O que são os sapiens, resquícios de ilusões intermináveis.
Morrer é desaparecer para nunca mais poder ser.
O único caminho saudável.
Edjar Dias de Vasconcelos.