O silêncio do medo.

Nunca presenciei a normalidade.

Como define o silêncio.

Mesmo estando perto.

Esqueça a imaginação.

O que devo dizer.

São metáforas da destinação.

Enquanto eles falam.

Escutem os corações.

Sinais predestinados.

O mais breve entendimento.

Nada além do esquecimento.

Como se nada fosse.

Apenas a brevidade.

As estruturas cognitivas.

Desorganizaram.

O que devo dizer.

Olhares distantes.

Metaforizados.

Uma tristeza imensa.

Posteriormente, o esquecimento.

Melhor que seja desse modo.

A representação significada.

Dessa forma, renova a continuidade.

Então desaparece lentamente.

Como se nada fosse.

Não deixando sequer seus propósitos.

Os traços predestinados.

Soçobrando os sonhos.

Não tem como ser diferente.

O que entendemos é ilusão.

Criamos significados.

Escondendo dissimulações.

Objetivamos o que não pode ser referido.

Palavras e palavras.

Ideologias construídas.

O desejo objetivado.

A vontade da dominação.

O espírito cruel coletivamente subjetivado.

Qual esperança.

O fluido do ar.

A respiração presa na garganta.

O olhar sábio e descabido.

Preso nas ondulações.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/09/2017
Reeditado em 07/09/2017
Código do texto: T6107390
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