O silêncio do medo.
Nunca presenciei a normalidade.
Como define o silêncio.
Mesmo estando perto.
Esqueça a imaginação.
O que devo dizer.
São metáforas da destinação.
Enquanto eles falam.
Escutem os corações.
Sinais predestinados.
O mais breve entendimento.
Nada além do esquecimento.
Como se nada fosse.
Apenas a brevidade.
As estruturas cognitivas.
Desorganizaram.
O que devo dizer.
Olhares distantes.
Metaforizados.
Uma tristeza imensa.
Posteriormente, o esquecimento.
Melhor que seja desse modo.
A representação significada.
Dessa forma, renova a continuidade.
Então desaparece lentamente.
Como se nada fosse.
Não deixando sequer seus propósitos.
Os traços predestinados.
Soçobrando os sonhos.
Não tem como ser diferente.
O que entendemos é ilusão.
Criamos significados.
Escondendo dissimulações.
Objetivamos o que não pode ser referido.
Palavras e palavras.
Ideologias construídas.
O desejo objetivado.
A vontade da dominação.
O espírito cruel coletivamente subjetivado.
Qual esperança.
O fluido do ar.
A respiração presa na garganta.
O olhar sábio e descabido.
Preso nas ondulações.
Edjar Dias de Vasconcelos.