Um rio sem riso
Eu vi um menino caminhando
No leito de um rio que secou
Ele buscava a água bebida pelo sol
A sede do capital matou o rio de sede
Era um rio que nadava vida
Rio valente do sertão
Água que de tanto fervilhar evaporou
O menino busca a água da vida
Ele sabe que um rio sem água
É um rio sem riso
Sem barulho de criança a gargalhar
Um rio com sede de vida
É um rio sem o canto da mãe d´água
Sem as histórias e as cantorias das lavadeiras
Que remexiam as águas
E o ensinava a cantar...