JANELAS PARA A VIDA - IV
Caminhante desta vida -
às vezes - tão frívola e sem
sentido, tenho meus medos;
Medos dum amanhã sem
perspectivas, de um hoje vazio
e um ontem caótico;
*** mas o que é o ontem? nada
*** mas o que é o amanhã? nada
___ o primeiro já não é
___ o segundo pode não vir a ser
Meu domínio é sobre o agora e
só a cada minuto que se passa,
porque o hoje pode também não
se findar;
___ versos reais são assim...
___ versos cor de carmim...
___ versos que vêm de mim...
_______Poesia sangra, sim!
Ora, sendo a existência tão bela
Qual jardim de rosas coloridas
Como se fosse uma aquarela
Abro janelas para a vida!