Cotidiano
Todo dia faz tudo diferente:
me acorda ora às cinco, ora às dez;
ora me beija as mãos, ora os pés;
ora dorme de costa, ora de frente.
Cada dia ela é mais irreverente,
como são as mulheres hoje em dia.
Dia sim se derrama em poesia,
dia não me apressa pro batente.
Me bajula e me beija dia dez,
dia onze não valho mais um réis,
pelo menos até o mês que vem.
Me revista ora o bolso, ora a razão;
ora acende, ora apaga meu tesão,
como eu fosse ora deus, ora ninguém.
Se reclamo, me chama de meu bem,
e me lambe dos pé ao coração.
Todo dia faz tudo diferente:
me acorda ora às cinco, ora às dez;
ora me beija as mãos, ora os pés;
ora dorme de costa, ora de frente.
Cada dia ela é mais irreverente,
como são as mulheres hoje em dia.
Dia sim se derrama em poesia,
dia não me apressa pro batente.
Me bajula e me beija dia dez,
dia onze não valho mais um réis,
pelo menos até o mês que vem.
Me revista ora o bolso, ora a razão;
ora acende, ora apaga meu tesão,
como eu fosse ora deus, ora ninguém.
Se reclamo, me chama de meu bem,
e me lambe dos pé ao coração.