O Mutante

O poeta, se despe a cada momento,

Depende do movimento,

Das ondas, naquele dia...

Porque o poeta é mutante,

Nunca repete o instante,

Nele não há calmaria.

Num dia ele é outono,

No outro, tem frouxo riso,

Nada nele é preciso,

Nunca lhe mede o carbono...

E assim ele segue sem dono,

E ao mesmo tempo, cativo,

Porque por ser emotivo,

Na chuva sempre se molha,

Pois sente até o que não olha,

Desse mundo tão nocivo.

Alque

Alque
Enviado por Alque em 01/09/2017
Código do texto: T6101744
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