O Mutante
O poeta, se despe a cada momento,
Depende do movimento,
Das ondas, naquele dia...
Porque o poeta é mutante,
Nunca repete o instante,
Nele não há calmaria.
Num dia ele é outono,
No outro, tem frouxo riso,
Nada nele é preciso,
Nunca lhe mede o carbono...
E assim ele segue sem dono,
E ao mesmo tempo, cativo,
Porque por ser emotivo,
Na chuva sempre se molha,
Pois sente até o que não olha,
Desse mundo tão nocivo.
Alque