Indignado ser
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Indignado ser
Temos nobres senhores tontos.
Os horrores da prepotência,
desenterrando ódios ancestrais,
sangram meu afável coração.
Temos vários monstros,
alardeando falsas eminências...
E temos milhões de gritos,
d'almas órfãs, sem pão.
Que os furacões destruam tudo!
Destruam a arrogância;
dilacerem a cúpula de boçais,
pondo a soberba ao rés do chão!
Ventos e brisas e sedas...
Que a paz que me concedes,
Ó justíssimo Netuno,
singre e sangre,
sem devastar inocentes.
Fúrias e injustas agressões...
Que o digladiar que professam,
esses torpes usurpadores,
seque e resseque,
sem destruir o amor
que minh'alma sente.
Que sibilem e rufem.
Que tilintem e ronronem.
Sons são presságios
que os sentidos recebem.
Ao final dos efeitos,
quando a força silenciar,
buscarei o buquê de flores
existente dentro do mar.
Nijair Araújo Pinto
Iguatu, 26 de agosto de 2017.
00h08min
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