Estopim
Ela caiu fora
Foi embora, azulou, arribou, se mandou, escafedeu
Quem ficou desabou
Até quase morreu
Esse alguém não foi eu
Quem mandou abusar da sorte
A morena era de morte
Com um quê especial
Merecia um buquê, um carinho
Um trato legal
Bem assim na palma da mão
Com tapete vermelho ao chegar ao portão
Mas ele com voz grossa rugia querendo controlar
A moça fazer de mucama
Mulher merece bem mais que fogão e cama
Ser chefe, o dono da área, da situação
Agora vai e fica com tudo, ela disse assim
E ganhou o mundo, foi o dia do estopim
O malandro baixou a cabeça
Ainda tentou em vão se desculpar
Só vendo a sombra da morena distante na esquina dobrar
Ele até hoje enche a cara no antigo bar
Procurando os erros ao se embebedar
Se lambuza, tropeça, provoca e cai
Sem alcançar a ex morena que no horizonte vai