Estopim

Ela caiu fora

Foi embora, azulou, arribou, se mandou, escafedeu

Quem ficou desabou

Até quase morreu

Esse alguém não foi eu

Quem mandou abusar da sorte

A morena era de morte

Com um quê especial

Merecia um buquê, um carinho

Um trato legal

Bem assim na palma da mão

Com tapete vermelho ao chegar ao portão

Mas ele com voz grossa rugia querendo controlar

A moça fazer de mucama

Mulher merece bem mais que fogão e cama

Ser chefe, o dono da área, da situação

Agora vai e fica com tudo, ela disse assim

E ganhou o mundo, foi o dia do estopim

O malandro baixou a cabeça

Ainda tentou em vão se desculpar

Só vendo a sombra da morena distante na esquina dobrar

Ele até hoje enche a cara no antigo bar

Procurando os erros ao se embebedar

Se lambuza, tropeça, provoca e cai

Sem alcançar a ex morena que no horizonte vai

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 19/08/2017
Reeditado em 19/08/2017
Código do texto: T6088628
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