inimagináveis mundos paralelos.

Vão caindo, vão caindo.

Engrenagens infindáveis.

Dançando ao infinito.

Em uma trajetória sem fim.

Composta pelo vazio.

Sem prender a nada.

A não ser a um movimento interminável.

Seguindo o seu caminho.

Como se tudo fosse possível.

Entretanto, parece estar parado.

Círculos indescritíveis.

Sobreposições de realidades.

Complexidades imaginativas.

Sem gravidade de vácuo.

Entretanto, a pergunta fundamental.

Como essas materialidades foram possíveis.

Ausências e ausências.

A infinidade do espaço.

Multiplicidades paralelas.

Distantes umas das outras.

Qual é o sentido galáctico.

Nenhum.

A não ser o encantamento do entendimento.

Entretanto, esgotará.

Quando a luz queimar sua combustão.

A perda da energia de hidrogênio.

A realidade voltará ser.

O recomeço dos recomeços.

As intermináveis voltas.

Em bilhões e bilhões de anos.

A matéria morre e ressuscita.

Entretanto, jamais o espírito.

MagnÍfico fenômeno

Com efeito, a eternidade

Será sempre recomeço.

Do átomo quântico.

Desse modo, não haverá fim.

Qual é o sentido do início.

A inexplicação da destinação.

A não epistemologização da finalidade.

Composição do irreal como substancialidade.

Entre todos eles, outros serão os demais.

O escuro como luz.

A voz das ilusões.

Quando se poem o medo distância.

O interminável retorno.

Quando a mim e a você.

Micros partículas quânticas.

Substanciadas pelo princípio do nada.

Sem nenhuma utilidade no universo.

Todavia, tudo o que cosmo deseja.

Livrar do nosso incomodo.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/08/2017
Reeditado em 19/08/2017
Código do texto: T6088253
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