ESTRANHEZAS DE UM MUNDO HUMANO
Em que mundo estamos? De que mundo precisamos? E qual é o mundo que estamos criando? Quantos mundos conseguimos manter dentro do nosso mundo particular chamado de Eu? Há quantos conflitos internos e externos somos submetidos por conta da complexidade que há no mundo?
Há de haver tanta complexidade ou o caótico espírito aprisionado é o grande vilão de tantas interfaces que não mais se sustentam sozinhas neste vasto abrigo humano que descansa em meio as sombras de uma liberdade condicionada a ideologias gritantes e sufocantes?...
Quantas vozes conseguimos silenciar?
Quantas palavras murmuradas não permitimos ouví-las e deixamos que o seu eco se perca em meio a confusão de tantos gritos não perceptíveis?
Se pudéssemos usar alguma porcentagem a mais daquele motor que dizem conduzir-nos, que tipo de animais seríamos?
Quantos olhares ainda seríamos capazes de ignorar?
Quantas faces teríamos sensibilidade para tocar?
Vida ou utopia? A quão distante de ti estamos? A quão segregados e indiferentes estamos sendo formados? E porquê?
Já pararam no tempo e no espaço e sentiram uma sensação de que o seu pensamento não consegue abarcar o mar de perguntas que se aproximam de ti tal como uma rápida onda que toca-te os pés na beira de uma praia?
Já sentiram a natureza humana se questionar a si mesma num vai e vem sem fim?
Ah! Quantos pontos interrogáveis não os tratamos como pontos finais! Quantas continuidades de reflexão não as matamos na arrogância do homo sapiens que tudo sabe e quanto mais sabe de tudo, menos sabe de nada...!
A exaustidão nos toma conta. Claro! A ambição do emprego, da casa, do carro, do luxo, prende-nos aqui e somos "forçados " inconscientemente a fingir que estamos vivendo na busca do mais luxuoso dos dias enquanto o Ser vai empobrecendo em si mesmo até sermos cobertos por estranhas mãos de um mundo estranhamente manipulador!...