O SALÁRIO DA BURRICE

Não conquisto por beleza
não mas vivo por reflexos
da carne me despido
no espirito me revelo

vãs são todas as vaidades
e de fim amargo ao paladar
chega o não ter mais gosto bom
e resta o ninguém querer provar

hoje é o sálario da burrice
tolice dos que babam por carne
são os que morrem no osso
e sem no rosto maquiagem

nada os diferem
do que os preenchem e os revestem
são como produtos de validades
que servem e não mas servem

são como a lama mais lamacenta
a chuva mais robusta
sempre passam com o tempo
depois que a si mesmo inundam






 
ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 15/08/2017
Código do texto: T6084707
Classificação de conteúdo: seguro