RETICÊNCIA
Talvez eu seja uma reticência...
Sim, há coisas que deixo no ar,
Há palavras que caem no mar...
Pensamentos fogem de mim
E se escondem entre as nuvens
Dum céu plúmbeo e argênteo.
Sonhos ebúrneos me sacolejam
Diante dum tempo invernoso,
Onde o sono já não é mais gozo,
Tampouco fantasias de algodão...
É possível que seja eu reticência
De minha paixão insana e febril...
Há segredos trancafiados no sal
Dos meus raciocínios e vizinhos
Do açúcar que adoça a primavera!
DE Ivan de Oliveira Melo