De consertar o mundo

não vai consertar o mundo

a ingenuidade do poema

por mais duro e cruel que seja

mesmo que objetivo e pragmático-

ele sempre fala do sonho e do belo

para criar raiz e tentar ser eterno

o mundo que este poema habita

precisa do gesto forte

da palavra precisa e certa

aquela que escancare a dor

de um universo doente

de uma sociedade esquálida

do valor distorcido e vão

do indivíduo solitário e triste

para curar essa ferida

só é necessária a consciência

de que a mudança é possível

quando o todo se transforma

e então, o poema ingênuo e tolo

será o brado da vitória.

Magda L. Carvalho

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 03/08/2017
Código do texto: T6073345
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