PACIÊNCIA
Efebo não sou eu, sou outro
E como não sou, não sou ouro.
A vida me torna virgem, donzelo
E, como estou imaculado, atrelo e
Diante desta imagem sou louro!
Mancebo que vive entre enseadas
A perambular pelas areias... Estouro
As bolhas que se ficam no solo, azadas.
Não me aflige o ar da terra úmida,
Somente banho a consciência esculpida
Pelo sal que arrolo ante a pele meio tímida
Sem compreender porque visto a túnica
Do anjo casto que não está ainda no prelo,
Mas que sonha e vive... Ser homem: espero!
DE Ivan de Oliveira Melo