A incompreensão das coisas inexistentes.

Tudo é muito errado.

Entretanto, o erro é o certo.

Não teria como ser diferente o mundo.

É muito bom a realidade.

Ser exatamente o que é.

Jamais poderia ser diferente.

Magnífico a ausência dos significados.

Para as coisas serem o que são.

A vida, a existência humana.

A essencialidade do mundo.

O simples desaparecimento de todas as coisas.

E suas intermináveis reaparições.

O homem se repete eternamente se multiplicando.

Interminavelmente.

Não sendo exatamente nada.

Na ilusão que fosse a própria eternidade.

Tudo que existe é a repetição.

Replicada, multiplicada.

Na mais absoluta aparência da existência.

Como se fosse real.

O ser parece ser.

Todavia, a manifestação da insubstancialidade.

Qual é o fundamento da existência.

A sua própria improcedência.

Sendo que não é possível a materialidade.

Apesar de todas as coisas estarem aqui.

Mas elas não são as coisas.

São sinais invisíveis, improcedentes.

Então qual a natureza do mundo.

Um imenso vazio indescritível.

Formatado pela anti-matéria.

Compondo a interminabilidade do vácuo.

Sendo a única realidade possível.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 01/08/2017
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