A incompreensão das coisas inexistentes.
Tudo é muito errado.
Entretanto, o erro é o certo.
Não teria como ser diferente o mundo.
É muito bom a realidade.
Ser exatamente o que é.
Jamais poderia ser diferente.
Magnífico a ausência dos significados.
Para as coisas serem o que são.
A vida, a existência humana.
A essencialidade do mundo.
O simples desaparecimento de todas as coisas.
E suas intermináveis reaparições.
O homem se repete eternamente se multiplicando.
Interminavelmente.
Não sendo exatamente nada.
Na ilusão que fosse a própria eternidade.
Tudo que existe é a repetição.
Replicada, multiplicada.
Na mais absoluta aparência da existência.
Como se fosse real.
O ser parece ser.
Todavia, a manifestação da insubstancialidade.
Qual é o fundamento da existência.
A sua própria improcedência.
Sendo que não é possível a materialidade.
Apesar de todas as coisas estarem aqui.
Mas elas não são as coisas.
São sinais invisíveis, improcedentes.
Então qual a natureza do mundo.
Um imenso vazio indescritível.
Formatado pela anti-matéria.
Compondo a interminabilidade do vácuo.
Sendo a única realidade possível.
Edjar Dias de Vasconcelos.