O FUTURO QUE ASSOMBRA

Quando me vejo sozinho,

A ruminar as quimeras

Dou vazão aos pensamentos 

Neste rancho já tapera

Recordo com nostalgia, 

Lá...dos tempos de outrora

Que não se invertiam valores

Como invertem agora

Valorinzando a pobreza

Mas não falo de dinheiro

Falo mesmo da cultura

Que grita de desespero

Cultura que foi banalizada

Pela evolução e progresso

Instigando o ser humano

A seguir em retrocesso

Se as nossas crancinhas

São o futuro da nação

Tenho pena das pessoas

Que nesse tempo viverão

Me apavora o futuro

Diante dessa pobreza

Os mendigos culturais

Disputando a sargeta

Com toda sua capacidade

Poderia ser melhor

Mas o homem se dedica

A fazer  sempre o pior

Ainda tenho esperança...

(Pois é a última que morre)

...de ainda ver a cultura 

Ser tratada como nobre!