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IDIOTA
(Poeminha desenterrado da audição
de um vídeo de Mário Sérgio Cortella)
Olhem: não estou presente
ao meu presente momento.
Ensimesmado e contente,
eu muito já me contento.
Egocêntrico, na certa,
meu umbigo me desperta.
Olho para o meu umbigo,
e, com o batismo num «J»,
aos irmãos não planto trigo
– faço o tipo do idiota.
Quem me manda ser amigo
somente do meu umbigo?
Ora, deixem de lorotas!
Não só amem seu umbigo,
que miro o meu, patriotas,
e o de vocês nem consigo.
Egoísta, com destreza,
tudo aqui na minha mesa.
E bem mais sou idiota,
sob as telhas de um abrigo,
pois me puseram um «J»,
e eu só vejo o meu umbigo.
Gente que nasce idiota
só em si seus olhos bota.
Fort., 31/07/2017.
IDIOTA
(Poeminha desenterrado da audição
de um vídeo de Mário Sérgio Cortella)
Olhem: não estou presente
ao meu presente momento.
Ensimesmado e contente,
eu muito já me contento.
Egocêntrico, na certa,
meu umbigo me desperta.
Olho para o meu umbigo,
e, com o batismo num «J»,
aos irmãos não planto trigo
– faço o tipo do idiota.
Quem me manda ser amigo
somente do meu umbigo?
Ora, deixem de lorotas!
Não só amem seu umbigo,
que miro o meu, patriotas,
e o de vocês nem consigo.
Egoísta, com destreza,
tudo aqui na minha mesa.
E bem mais sou idiota,
sob as telhas de um abrigo,
pois me puseram um «J»,
e eu só vejo o meu umbigo.
Gente que nasce idiota
só em si seus olhos bota.
Fort., 31/07/2017.